A Associação Espírita AJA com Jesus, nasceu a partir de um grupo de auto-ajuda existente no Centro Espírita de Evangelização Eurípedes de Barsanulfo, no Jardim América, em Goiânia-GO. Esse Grupo, denominado GRUPO AJA, foi fundado entre os dias 04 e 05 de abril de 1997, sob os ideais de alguns abnegados trabalhadores da casa, preocupados com a problemática das dependências químicas e com a sua crescente escalada na sociedade. Tinha por objetivo, que se formasse naquela instituição, um trabalho voltado ao tratamento do alcoolismo e socorro aos que padeciam com esse mal. A partir daí, passou a funcionar como um departamento daquela casa Espírita. O nome Grupo AJA, foi uma sugestão do senhor Delmer, que participava do seminário de fundação.
Com a chegada de outros trabalhadores, e a necessidade de expandir os trabalhos, na data de 08 de outubro de 1.999, foi criada a ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA AJA – AJUDANTES ANÔNIMOS COM JESUS, sendo confeccionados os estatutos e a associação registrada em Cartório.
Alguns dos membros fundadores da Associação Espírita Aja adquiriram e doaram para a instituição, 17 lotes no Jardim São Conrado, no Município de Aparecida de Goiânia-GO. Neste local funciona hoje a unidade central da Instituição, denominada Mansão dos Ipês, cuja área tem a destinação específica de se construir o centro terapêutico da instituição, bem como trabalhar a prevenção primária ao uso de drogas na região.
Ao longo do tempo, os grupos de autoajuda da ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA AJA – AJUDANTES ANÔNIMOS COM JESUS foram se estruturando em equipes. De acordo com a evolução do grupo, novas possibilidades de atuação foram vislumbradas, destacando-se:
Atender famílias e dependentes químicos que vivenciam a problemática das drogas (licitas e ilícitas) possibilitando o emergir de soluções a partir da conscientização de cada indivíduo.
Promover a prevenção através de trabalho fraterno, disseminando as idéias anti-drogas na sociedade por meio de palestras e cursos na área da dependência química.
Envolver-se nas políticas públicas que dizem respeito ao uso de drogas, visando o fortalecimento do movimento anti-drogas.
Assim sendo, as metas gerais do AJA são:
A base filosófica do grupo AJA é fundamentada nos princípios do Evangelho de Jesus (a Lei de Amor), segundo a orientação da doutrina espírita, no que se relaciona com a prática da verdadeira caridade.
O grupo entende o homem na condição sublime de um "ser de possibilidades", sendo que esta visão de homem encontra suas raízes na referência de Jesus em relação ao potencial humano quando é dito no evangelho de João "vós sois deuses", cabendo ao próprio homem a responsabilidade de promover as necessárias mudanças em sua vida.
É neste processo que, voltado para a dependência química e co-dependência, o AJA interfere na condição de mediador entre o estado de doença (obscurecimento da consciência), até o momento do despertar individual (saúde).
O AJA entende o homem como um ser holístico, interagindo no seu complexo constituído pelos fatores psicológico, biológico, familiar, social e espiritual. Reconhece, portanto, como necessária a ação terapêutica na família do usuário de drogas (e não somente no usuário isoladamente) a fim de que se encontrem soluções originais diante deste problema. Faz também reflexões sociais de caráter geral e, em particular, que auxiliem o dependente químico a rever seus relacionamentos sociais, buscando evitar e se desvencilhar de vínculos perniciosos, promovendo sua harmonia psicológica. Leva também em consideração as implicações físicas da doença, porém entendendo o aspecto espiritual como o fator principal e inter-relacionado a todos os outros no desenvolver da terapêutica.
Assim sendo, o AJA compreende a problemática das drogas como sendo oriunda de causas profundas, imersas no universo humano interno e no meio externo. Portanto, em sua metodologia de trabalho não trata o problema centrado apenas no indivíduo, mas, abre espaço para outras possibilidades de se encontrar as causas desta doença da alma.
A filosofia "ajeana" acredita na cura (psicológica) da dependência química, sendo que esta deve ser entendida como o resultado da mudança de atitudes do indivíduo perante a vida, no momento em que este se propõe a realizar o caminho de volta através de um empenho vigoroso pela reforma íntima adotando o princípio da utilidade, que nada mais é do que a prática do amor por vias do auxilio ao próximo. Nesse sentido, a cura não é meramente um estado de abstinência para o resto da vida, mas está ligada à permanente atitude de auxiliar na prevenção e no tratamento de outras pessoas para não se envolverem ou superarem, por sua vez, a dependência química.